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Conheça 8 doenças associadas ao consumo de drogas

Conheça 8 doenças associadas ao consumo de drogas

Além dos prejuízos causados nas áreas social e profissional, a saúde dos usuários de drogas é prejudicada. Há diversas doenças associadas ao seu consumo e outras tantas com risco elevado de surgimento. O HIV, por exemplo, é 22 vezes mais provável em quem utiliza drogas injetáveis.

Intervir e ajudar o dependente desde cedo é extremamente importante. Precisamos afastá-lo dos perigos e garantir a ele mais bem-estar e qualidade de vida.

Reunimos, neste artigo, as principais patologias e suas características. Confira!

1. Doenças sexualmente transmissíveis

As drogas não levam diretamente ao surgimento de DSTs, mas as agulhas compartilhadas, no caso de drogas injetáveis, facilitam a transmissão. Gonorreia, sífilis e HIV são alguns exemplos.

A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, conhecida também por gonococo. Tem se tornado uma superbactéria, o que pode ser notado pelo aumento da sua resistência contra antibióticos. Em mulheres, muitas vezes, a doença é assintomática, tornando o diagnóstico mais difícil. Em homens, há presença de corrimento purulento.

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. Provoca lesões na região genital e em partes do corpo. Também tem sido considerada uma superbactéria.

O vírus HIV pode levar ao desenvolvimento da AIDS, comprometendo o sistema imune da pessoa. Pode ser assintomático durante muitos anos. Não tem cura, mas o vírus pode ser controlado ao tomar os medicamentos corretos.

2. Insuficiência renal e hepática

Engana-se quem pensa que só existem doenças associadas ao consumo de drogas mais pesadas. O álcool pode comprometer rins e fígado, causando insuficiência desses órgãos.

A insuficiência renal está relacionada ao acúmulo de toxinas no sangue. Os rins ficam sobrecarregados, por não conseguirem realizar a filtragem adequada. Com isso, substâncias prejudiciais não são eliminadas e comprometem a saúde do paciente.

A insuficiência hepática pode ocasionar diversas enfermidades, sendo a cirrose — uma ferida no fígado — a mais conhecida. É uma doença silenciosa e, muitas vezes, só descoberta no estágio avançado.

3. Comprometimento cerebral

O uso excessivo de drogas compromete o sistema nervoso, causando morte de neurônios e dificuldade de neuroplasticidade. Com isso, as lesões se tornam permanentes, o que pode afetar a qualidade de vida do usuário.

A produção de hormônios, como dopamina e serotonina, fica comprometida. Há mais riscos da ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Além do mais, pode haver prejuízo na aprendizagem e nos estudos.

Também são observadas mudanças definitivas de comportamento e personalidade. A maconha, por exemplo, pode afetar permanentemente o tamanho do córtex orbitofrontal, deixando-o menor. Isso aflige a capacidade do paciente de processar emoções e tomar decisões. Já a cocaína tende a prejudicar a memória, incapacitando o indivíduo em algumas situações.

4. Desnutrição

Algumas drogas, principalmente as estimulantes, como crack e cocaína, comprometem o sistema que regula a fome. Com isso, a pessoa não se alimenta de forma adequada, não conseguindo ingerir todos os nutrientes necessários para a boa saúde. Há diversas consequências para a falta de vitaminas e minerais, mas uma das mais sérias é a desnutrição.

O indivíduo desnutrido pode adquirir anemia, que é a falta de ferro no organismo. Isso compromete seu sistema de defesa, tornando a imunidade mais baixa e facilitando o surgimento de outras doenças.

Já a falta de cálcio atinge ossos e dentes, deixando-os mais fracos e propensos a fraturas. A baixa de vitaminas, por sua vez, afeta o funcionamento de outros órgãos e causa sintomas como sono constante, cansaço excessivo, queda de cabelo, descamação do couro cabeludo, câimbras e falta de memória.

5. Transtornos comportamentais

As drogas prejudicam o modo de agir do usuário, fazendo com que ele tenha comportamentos que nunca havia apresentado. Os efeitos podem ocorrer, inclusive, quando estiver sóbrio.

As alucinógenas provocam alteração da realidade, tempo e espaço durante o uso. Facilitam, ainda, o surgimento de distúrbios no futuro, como esquizofrenia e transtornos de personalidade. Isso quer dizer que o indivíduo pode apresentar alucinações e delírios, colocando em risco a própria vida e a de outras pessoas.

Além do mais, há relatos de que alguns indivíduos sentem flashbacks, revivendo algumas “viagens” anos depois, o que pode ser perturbador e causar ansiedade.

As estimulantes, como crack e cocaína, provocam euforia, excitação e descontrole das emoções. As depressoras, como a heroína, levam à diminuição dos reflexos e a uma menor capacidade de raciocínio.

6. Endocardite infecciosa

É uma inflamação de parte do tecido do coração. É provocada por bactérias, comprometendo o funcionamento das válvulas cardíacas. Leva ao aumento do coração e pode dificultar a passagem do sangue, além de provocar insuficiência cardíaca, AVC e embolia pulmonar.

Os sintomas surgem lentamente. Devido a isso, a doença é difícil de ser identificada precocemente. Os mais comuns são pele pálida, febre persistente e dor nos músculos e articulações. Casos raros ainda acarretam perda de peso e presença de sangue na urina.

7. Enfisema pulmonar

No enfisema pulmonar, há destruição dos alvéolos pulmonares, o que dificulta a troca gasosa. As partículas de pó se instalam nos pulmões, resultando em falta de ar, tosse e dificuldade para respirar. É causada não apenas por cigarro, mas também por crack e cocaína.

Não tem cura, mas os sintomas podem ser controlados com o uso de medicamentos. Dependendo do avanço, a doença encurta o tempo de vida do indivíduo e pode ocasionar câncer.

8. Depressão

A depressão é outra doença associada ao consumo de drogas. O usuário utiliza substâncias que provocam muita euforia e energia no cérebro, elevando níveis de hormônios do bem-estar. Isso causa um vício na substância e diminui a quantidade desses hormônios durante o momento de sobriedade. A consequência é a sensação de depressão e angústia.

Por isso, o dependente precisa de acompanhamento durante o tratamento, para evitar chegar a sintomas intensos do distúrbio, o que poderia levar a consequências ruins, como um círculo vicioso ou mesmo o suicídio.

Existem muitas doenças associadas ao uso de drogas, sendo relevante um acompanhamento da saúde do paciente. A clínica de reabilitação também entra no tratamento, já que auxilia o indivíduo a se reerguer e se recuperar, ajudando-o a lidar com o vício da droga.

Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória 
 

A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.  

 

1- Internação Voluntária:  

internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.  
  • Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.  
  • Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.  
     
     

2- Internação Involuntária:  

internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.  
  • Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.  
  • Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.  
     
     

3- Internação Compulsória:  

internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.  
  • Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.  
  • Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.  
     
     

Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.  

  

Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:  

O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:   
 

  1. Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
     
     
  2. Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
     
     
  3. Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
     
     
  4. Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
     
     
  5. Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego. 

    

Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.   

  

Benefícios da Internação  

A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:  

  

Ambiente Controlado e Seguro: 

Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.  

Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.  

  

Tratamento Multidisciplinar e Personalizado: 

As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.  

Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.  

  
  

Desintoxicação Segura e Supervisionada: 

Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.  

Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.  

   

Aprendizado de Habilidades para a Vida: 

- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.  

- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.  

   

  

Suporte Emocional e Social: 

- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.  

- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.  

  

Prevenção de Recaídas: 

  

- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.  

- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.  

Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias. 

 

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