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Descubra como ajudar um dependente químico com a história da Amélia

Descubra como ajudar um dependente químico com a história da Amélia

Ser uma mulher separada, com três filhos, e ver que todos eles são viciados em droga é um problema que nem todas as pessoas conseguem enfrentar. Por isso, você precisa conhecer a história da Amélia Silveira, de 45 anos, que ao ajudar um dependente químico — seu filho Wagner —, descobriu que os outros dois estavam na mesma situação.

A luta foi grande para evitar a morte deles: foram muitas brigas, castigos, internações, opiniões alheias e julgamentos a serem superados. No entanto, seu afinco mantém os filhos, hoje, em tratamento. Continue a leitura para saber como foi a trajetória da Amélia nesse longo percurso!

Como tudo começou

Meu nome é Amélia Silveira e tenho 45 anos. Fui casada por 25 anos e vivia com meu ex-marido no Rio de Janeiro. Logo que nos separamos, em 1989, vim morar em São Paulo, em Guarulhos, com meus três filhos: Wagner, de 17 anos, Anderson, de 15, e Willian, de 13 anos.

Comprei uma casa e vivíamos na frente. Os fundos da propriedade foram alugados para três rapazes que também vieram do Rio de Janeiro. Nessa época, eu fazia o curso de Direito e não sabia o que acontecia lá quando estava fora — e nem que aqueles garotos eram viciados em drogas.

A convivência dos meninos com os vizinhos fez com que eles convencessem meus filhos a consumir drogas. Quando eu descobri, perdi o chão. Isso aconteceu em um dia que o Wagner usou muita cocaína e misturou com bebida alcoólica. Ele começou a passar mal, não conseguia respirar e me pediu para levá-lo ao hospital.

Chegando lá, a descoberta: estava tendo uma overdose. Daí, o próprio Wagner me contou que era usuário de maconha e cocaína, e que tinha influenciado os irmãos menores a usarem também. Imagina o desespero que eu senti! Fiquei três noites sem dormir, sentindo vergonha. Se meus amigos da igreja descobrissem, o que iam dizer?

Mandei os inquilinos embora. Para piorar a situação, meus filhos me confirmaram que já tinham começado a vender. A droga era repassada na lanchonete que os três trabalhavam — fui eu que consegui o emprego.

Clínica de recuperação para ajudar um dependente químico

Não sabia que atitude tomar, e me sentia insegura. Criticava e brigava com eles o tempo todo. Parece que, a cada briga, a situação piorava. Decidi, então, internar dois deles. O Wagner ficou em uma clínica de recuperação em Taubaté, e o Anderson em Mairiporã.

Por ser o mais novo, achei que conseguiria curar o Willian em casa mesmo, mas não deu certo. Um dia preparei a mala dele escondido, coloquei no carro e convidei-o para visitar o Anderson. Quando chegamos na clínica, internei ele também.

Tudo era novidade para mim nesses 6 meses que os meninos ficaram em tratamento para dependência química. Nessa fase, em 1992, eu já estava com meu segundo esposo, um italiano que me deu a força que eu precisava para enfrentar esse processo. Ele estava sempre presente.

Os meus filhos faziam tratamento com psicólogos e com os médicos. A cada 15 dias passávamos o dia com eles, almoçando, conhecendo mais a respeito do tratamento e da evolução de cada um. Conversávamos com os médicos, terapeutas e diretores.

Também participávamos de grupos de suporte à família. Em uma das clínicas, de um centro espírita, havia a presença de muitas psicólogas para acompanhar — além do Nar-Anon, que era um grupo que eu gostava muito, porque achava que era mais neutro.

Citei esses porque meus filhos passaram por várias internações. Em 2012, Wagner ficou 15 dias na Cracolândia. Eu não sabia onde ele estava, mas a moto dele tinha rastreador. Assim, pedi para um amigo se passar pelo Wagner, informando a empresa de rastreamento que a moto tinha sido furtada e precisava da sua localização.

A empresa localizou e chamou a polícia. Quando chegamos lá, ele estava com mais 8 pessoas há 2 semanas se drogando. Trouxe meu filho de volta para casa e o internei novamente. Essa foi a última dele.

Entendi que meu papel na vida do Wagner — o filho que me deu mais trabalho — era dar apoio e pagar as internações. No entanto, a presença da sua esposa Marina e do seu filho João Vítor foi fundamental para que ele percebesse a relevância da família.

Nessa ocasião fiz tudo ao contrário das internações anteriores. Deixei-o na clínica e não fui visitá-lo nenhum dia — me recusei a fazer os procedimentos que eles me pediam. Também não permiti que minha nora e meu neto fossem. O Wagner passou Natal e Ano Novo sozinho, mesmo implorando para irmos.

Um dia ele foi até a igreja que tem lá dentro da clínica e conversou com a imagem de Jesus, questionando qual era o propósito de sua vida. Na noite seguinte sonhou com um projeto de vida que colocou no papel para mostrar para a psicóloga, que o incentivou. Assim nasceu o projeto Viver Sem Drogas

Depois que saiu da clínica de recuperação, ele passou a valorizar sua família, a esposa se tornou evangélica e ele frequenta a igreja todos os domingos — casou perante Deus com a Marina. Ele tem dois apartamentos e já está acabando de quitá-los. Tem carro e os filhos estudam em colégio particular. Wagner pratica Karatê com os filhos e a filha faz balé.

Na verdade, eu acho que quem conseguiu tirar o Wagner do mundo das drogas foi minha nora. Para mim ela é uma santa.

Da tempestade à bonança

Uma coisa tenho a dizer: hoje entendo que a dependência química se trata de uma doença. Meus filhos precisaram ser internados em clínicas de recuperação, passaram por recaídas e, a cada internação, me sentia frustrada por não conseguir curá-los. Faz parte do processo.

Considero que as clínicas são os melhores lugares do mundo para qualquer mãe/pai deixar seu filho em tratamento com internação voluntária (que é excelente) ou internação involuntária (que é primordial).

Agradeço a Deus por ter tido essa força, porque foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. Afinal, para um usuário de drogas, existem os caminhos da internação, da cadeia ou da morte.

Hoje o Anderson está bem, trabalhando de Uber. Wagner mudou positivamente a conduta de sua vida, mas a felicidade não está completa, porque o Willian, que já tinha deixado as drogas, sofreu um acidente de moto e faleceu em 2000.

Mesmo com esse vazio no meu coração, acompanho e participo do projeto Viver Sem Drogas, do Wagner. Foi por meio dele que conheci a Rock Content e vi os resultados que trouxeram para o site. Acabei contratando a empresa para divulgar o meu escritório de advocacia na área de Direito Esportivo.

Já obtive resultados: recebi 6 clientes. Até um jogador de futebol do México já entrou em contato comigo. O empresário dele viu o meu site e pediu para a mãe do jogador, que mora em Foz do Iguaçu, ligar para mim em São Paulo. Fechamos o contrato e vou providenciar alguns documentos para ele.

Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória 
 

A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.  

 

1- Internação Voluntária:  

internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.  
  • Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.  
  • Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.  
     
     

2- Internação Involuntária:  

internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.  
  • Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.  
  • Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.  
     
     

3- Internação Compulsória:  

internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:  

  • Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.  
  • Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.  
  • Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.  
     
     

Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.  

  

Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:  

O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:   
 

  1. Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
     
     
  2. Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
     
     
  3. Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
     
     
  4. Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
     
     
  5. Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego. 

    

Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.   

  

Benefícios da Internação  

A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:  

  

Ambiente Controlado e Seguro: 

Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.  

Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.  

  

Tratamento Multidisciplinar e Personalizado: 

As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.  

Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.  

  
  

Desintoxicação Segura e Supervisionada: 

Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.  

Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.  

   

Aprendizado de Habilidades para a Vida: 

- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.  

- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.  

   

  

Suporte Emocional e Social: 

- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.  

- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.  

  

Prevenção de Recaídas: 

  

- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.  

- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.  

Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias. 

 

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