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Veja como a terapia para dependentes químicos deu outra vida a Beth!

Veja como a terapia para dependentes químicos deu outra vida a Beth!

Oi, meu nome é Beth. Esta foi a minha frase de apresentação na clínica por algum tempo. Foi um período difícil, mas é inegável que o processo de terapia para dependentes me fez crescer, amadurecer e me preparou para enfrentar minhas limitações. Mas deixe-me contextualizar você com a minha história.

Eu tinha uma vida aparentemente perfeita. Eu tinha 23 anos, estava no meu segundo ano de faculdade, tinha acabado de conseguir um estágio que queria muito. Em casa, no entanto, as coisas não iam tão bem. Minha mãe e meu pai tinham entrado em um período de brigas constantes. Eles já haviam passado por épocas assim e lembro-me bem como isso me desestabilizava.

Eu passei a odiar estar em casa. Ficava na faculdade e no estágio pelo máximo de tempo que conseguia. O lugar que deveria ser meu refúgio, havia se tornado meu inferno. Detestava as discussões, os gritos e aquele clima de guerra.

Como encontrei o falso alívio?

Em uma dessas vezes em que tentava fugir de tudo aquilo, fui para uma festa. Minha colega de faculdade convidou e não vi problema em acompanhar. Precisava me distrair, encontrar outras pessoas. Esquecer tudo aquilo.

Da festa me lembro de poucos momentos, só alguns flashes. “Você quer? Isso faz todos os seus problemas desaparecerem!”. Ouvi alguém dizer. Eu aceitei. Ali começava o que costumo chamar de meu período das trevas.

No começo a sensação era incrível. Realmente esqueci-me dos meus problemas. Era tudo tão prazeroso. O sentimento de invencibilidade, de satisfação, parecia que nada poderia me afetar naquele instante. Foi tão rápido e tão bom. Não sei como cheguei em casa naquele dia. Acordei na minha cama, meio perdida e com dor de cabeça. Era domingo.

Na segunda-feira, recomecei minha rotina e recomeçaram também as brigas em casa, o acúmulo de provas e trabalhos da faculdade e do estágio. Eu senti vontade de fugir novamente, de ter aquele prazer imediato. Eu procurei pela minha colega, perguntei onde eu encontrava mais daquilo e de novo só consigo me recordar da sensação de invencibilidade.

Como meu mundo desmoronou?

A maioria de vocês já devem ter ouvido histórias de pessoas viciadas ou compulsivas. Tudo que elas dizem aconteceu comigo. Eu vivi na pele. A compulsão pelo prazer. A ânsia por mais. Nunca era o bastante. No começo você se sente completo. O vazio que existe é preenchido. Os problemas somem.

Mas o efeito dura cada vez menos e você quer cada vez mais. Sua vida gira em torno da busca por aquele prazer específico. Nada mais existe. Eu era sustentada pelos meus pais e de repente começou a faltar dinheiro para que eu pudesse comprar minhas doses de prazer. As brigas na minha casa se intensificaram e agora eu era o motivo.

Meu mundo, aparentemente perfeito, desmoronou. Eu não ia mais às aulas e quando ia não conseguia me concentrar. O estágio, que tanto tinha lutado para conseguir, perdi em poucos meses. Minha família era só um rascunho mal feito do que foi um dia. Não existia diálogo, só gritos e cobranças. Ninguém me perguntava como eu me sentia ou se eu precisava de ajuda. Eles só julgavam-me, o tempo todo. A comunicação não existia ali.

Eu decidi sair de casa. Uma tia que sempre gostei e me ouvia, me apoiou. Ela ficou reticente no começo, mas aceitou que eu morasse com ela. Pelo menos, eu poderia deixar para trás todo julgamento e toda a vergonha que minha família achava que eu causava por ter dependência química.

Pensei que as coisas fossem melhorar, mas infelizmente isso não aconteceu. Eu estava ciente da minha situação, mas não encontrava forças para enfrentar o problema sozinha. Minha tia até tentou ajudar. Era tão desgastante, tão cansativo. Eu estava no fundo do poço. Não tinha autoestima, nem família, nem perspectivas futuras. Assim, eu me afundava mais.

Como encontrei forças para reconstruir?

Meu ponto de virada aconteceu numa tarde chuvosa de um sábado. Eu estava em casa, triste e deprimida. A campainha tocou, fui atender à porta e me deparei com a minha mãe.

Fazia tempo que não a via. Foi estranho. Ela parecia outra pessoa, estava cansada. Acho que ela pensou a mesma coisa a meu respeito. Nos olhamos e não sei por que eu caí no choro. Talvez porque não esperasse que ela estaria ali me procurando. Talvez, porque eu precisasse que ela fizesse isso.

Ela disse que queria conversar comigo, porque fez algumas pesquisas nos últimos tempos sobre dependência química e leu um post em um blog chamado Viver sem Drogas e sentiu que precisava me procurar e fazer algo por mim. Afinal, ela me amava.

Nós conversamos, choramos. Eu assumi minha parcela de responsabilidade. Ela disse que também se sentia culpada, que deveria ter prestado mais atenção em mim. Falou que estava tão ocupada discutindo com meu pai, que tinha esquecido que eu também era a sua família.

Esse foi o que gosto de chamar de meu ponto de virada. É incrível o que uma conversa sincera pode fazer por nós, o quanto a comunicação clara pode ser esclarecedora e como saber que existem pessoas que nos amam de verdade é fortalecedor.

Depois dessa conversa eu e minha mãe decidimos pedir ajuda profissional. Sozinha não conseguiria vencer o vício, ele era muito mais forte. Porém, eu estava decidida a me fortalecer e vencer as minhas limitações ou pelo menos aprender a lidar com elas.

Como encontrei o Viver sem Drogas?

Nós agendamos um encontro com um especialista do Viver sem Drogas. Sim, daquele mesmo blog que inspirou minha mãe a me procurar. Nos encontramos na clínica, ele me fez sentir acolhida. Disse que existem muitas pessoas na mesma situação que eu. Avisou que seria uma caminhada longa, de esforço contínuo e poderia haver recaídas.

O processo tem sido difícil, não vou mentir. Às vezes acho que não conseguirei, mas a terapia para dependentes tem ajudado muito e o suporte da minha família também. Algumas mudanças positivas vieram com toda essa história. A comunicação em casa passou por uma transformação e hoje posso dizer que conversamos, nos abrimos e expomos nossos pontos de vista.

Minha vida não é perfeita, nunca foi. Mas tenho tentado ajudá-la sempre que posso. Na semana que vem volto para a faculdade. Estou recomeçando e reconstruindo algumas coisas, mas hoje sei que posso encontrar força e prazer longe das drogas.

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