Aprenda o que é a codependência química!

Infelizmente, muitas famílias encontram-se imersas em situações problemáticas causadas pelo uso de drogas lícitas ou ilícitas. Entre os sintomas da codependência química, estão aflição, dor, angústia e culpa são sintomas conflitantes e que dilaceram laços afetivos.

Estes traços tornam-se visíveis nos semblantes de muitos pais e mães. Aos poucos, a codependência química transforma os indivíduos e faz com que o comportamento do adicto dite como serão suas vidas.

Assim, a codependência causa renúncia à própria vida, além de transformar sua existência em medo e frustração, por não conseguir recuperar o adicto. Por isso, abaixo reunimos algumas situações recorrentes na vida de quem é codependente. Elas estão em forma de perguntas, para que você reflita sobre a necessidade de minar essa codependência.  Então, acompanhe!

Sua vida, planos e rotinas do dia a dia são alteradas e organizadas em função da codependência química?

Quem tem codependência química demonstra um comportamento inconsciente e compulsivo esquecendo-se de si mesmo. Assim, a pessoa está sempre cuidando de um filho, namorado, cônjuge ou familiar. Então, ela assume para si a responsabilidade das escolhas e consequências do dependente.

Dessa forma, muitas vezes, abre mão de sua rotina, trabalho e planos para protegê-lo, visando impedir que a adicção chegue ao conhecimento de amigos, vizinhos e conhecidos. Alguns, inclusive, chegam a regular a vida do ente querido, impondo regras e controlando refeições, banhos, lazer etc.

Por essa dedicação tão exclusiva, disfuncional e irrestrita, o codependente químico torna-se infeliz, explorado e impotente. Consequentemente, suas intenções, por melhores que sejam, apenas fazem dele um administrador de crises.

Dessa forma, ansiedade e a constante frustração tornam a codependência química, aos poucos, uma adicção. Isto significa que o dependente químico luta para tentar controlar seu vício e o codependente para controlá-lo, resultando em um círculo vicioso.

Você procura sinais de ingestão de álcool ou outras drogas, cheirando o hálito ou vasculhando o quarto, objetos e roupas?

No intuito de minimizar ou esconder a adicção do familiar, quem tem codependência química começa a agir como um vigilante. Então, procura por traços de ingestão de substâncias no hálito, olhar, atitudes ou entre objetos pessoais do adicto.

Dessa maneira, a dúvida sempre o corrói por dentro, suspeitando de tudo. Assim, aos poucos, a tentativa de prevenir o uso de drogas vira uma caçada a elas.

E quando a desconfiança se torna realidade, a codependência química faz com que a pessoa queira enfrentar essa luta sem ajuda. Então, vira uma guerra silenciosa e solitária.

Com isso, pouco a pouco, sem perceber, passa a apresentar os mesmos sintomas do adicto. Sofre tanto quanto ele ou até mais, pois ao contrário dos dependentes químicos, o codependente não faz uso de álcool ou outra droga para tentar suportar a dor de ver alguém que ama negligenciando a própria vida.

Você culpa a si mesmo e/ou as amizades do dependente por sua codependência química?

Quando os primeiros sintomas do vício em drogas começam a aparecer, a primeira reação de familiares é a negação. Então, evita-se falar do problema, dificultando a maneira de lidar com sua existência. Assim, o codependente acredita que, se ignorada, a situação desaparecerá naturalmente.

No entanto, com o tempo, e os sinais cada vez mais frequentes do uso de drogas, a realidade começa a incomodar e a saída é achar um culpado para o que está acontecendo. Inclusive, os pais acreditam que isso é influência dos amigos, das más companhias ou erro deles mesmos.

Assim, surgem os seguintes questionamentos, como "onde erramos?" ou "sempre dei tudo do bom e do melhor, por que isso está acontecendo?". Esse sentimento descompensado em busca de um bode expiatório apenas dá margem para outro problema: a codependência. Aos poucos, tornam-se reféns da culpa e da vontade descompensada de ajudar a quem amam.

A codependência química tem tratamento, mas exige que a pessoa esteja disposta a abdicar da exclusividade sobre a recuperação do adicto e permita que profissionais especializados deem a devida assistência para a família, seja com a internação em uma clínica de tratamento ou com acompanhamento intensivo. E para melhor ajudá-lo, os parentes (mães, pais, filhos, irmãos...) Tem que frequentar os grupos de apoio como Nar-Anon, Al-Non ou Amor Exigente, para saber como lidar com ele(a) no pré e pós tratamento!

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