O que fazer quando o diálogo com o dependente não funciona mais?

Tem um caso de dependência química na família ou em algum grupo social, como amigos e vizinhos? Sabe como agir quando o diálogo com o dependente não funciona mais? Entende o que a lei permite ou proíbe nesses casos?
Então, preste bem atenção neste texto, pois preparamos algumas dicas e procedimentos importantes para você saber o que deve fazer quando se vê em uma situação tão difícil como essa. Vamos lá?
O que pode ser feito legalmente nesses casos?
Quando o diálogo com o dependente não funciona mais, naturalmente, a família ou as pessoas próximas passam a cogitar a possibilidade de internações e tratamentos específicos. É importante ressaltar que esses casos devem ser considerados a última alternativa de todas, ou seja, a partir do momento que o usuário não consegue mais conviver em sociedade e quando oferece algum risco para sua própria saúde ou a dos familiares.
Recentemente, o governo brasileiro sancionou uma lei que permite a internação involuntária de dependentes químicos a partir de um aval médico. A família também tem todo o direito de solicitar o tratamento do ente querido, mesmo que ele se recuse. No entanto, é imprescindível agir dessa forma apenas quando o quadro da dependência for muito crítico e se o dependente não estiver apresentando melhoras com outros tratamentos.
E como agir, na prática, quando o diálogo com o dependente não funciona mais?
Apesar das mudanças recentes da lei, antes de qualquer tentativa de internação, a participação dos familiares nesse momento difícil é fundamental para a recuperação e a conscientização da pessoa. Afinal, quase sempre, o usuário enfrenta outros problemas além do seu vício, como preconceitos, emoções, paranoias e depressão. Ou seja, ninguém melhor para protegê-lo e servir de exemplo como uma mãe ou um pai.
Por isso, saiba como enfrentar o problema quando o diálogo se torna um dificultador na família.
Aborde sempre com calma e tranquilidade
As drogas, independentemente do tipo, sempre vão afetar o organismo, as sensações e a percepção das coisas. Quando o dependente está sob esses efeitos, os cuidados devem ser ainda maiores, pois nunca sabemos o que se passa na cabeça da pessoa naquele momento.
Alguém que chegue muito alcoolizado em casa ou sob efeito de outra droga jamais deve ser confrontado ou recebido com grosserias e violência, ainda que essa situação seja frequente. O melhor caminho é acolher a pessoa com calma, evitando que haja algum tipo de reação impensada e, até mesmo, perigosa para ambas as partes. No dia seguinte, é preciso conversar, explicar, mostrar os fatos, sempre como um problema e nunca como uma culpa, dando, assim, a possibilidade de conhecer tratamentos e alternativas saudáveis.
Evite certos lugares e companhias
Muitas vezes, acabamos incentivando, sem querer, o abuso das drogas por parte dos usuários. Por exemplo, uma simples festa em casa pode parecer algo inocente e sem riscos. Porém, para um dependente químico, pode ser a porta para exageros sem limites.
Quando isso se torna frequente e não adianta mais dialogar com a pessoa sobre os riscos desse consumo exagerado, o melhor caminho é buscar atividades alternativas, longe de lugares e companhias que possam incentivar a ingestão de entorpecentes.
Por outro lado, a convivência social é muito importante e isso não significa afastar, por completo, o dependente dos amigos e familiares. No entanto, impor limites e, até mesmo, evitar o contato em certos momentos, pode ajudar nesse período de reabilitação.
Pratique atividades saudáveis
Esportes, leituras, estudos, entre outras atividades, sempre funcionaram como uma alternativa saudável para quem tem problema com entorpecentes. Geralmente, quando o diálogo com não funciona mais, é sinal de ser um quadro mais crítico, no qual a pessoa passa a se isolar, perder a vontade de tudo e, até mesmo, desenvolver uma depressão.
Nesses casos, realmente fica muito difícil apenas dialogar sobre o problema e tentar convencer, na palavra, que a pessoa deve largar as drogas. Por isso, incentivar a prática de atividades saudáveis e o convívio com pessoas novas é sempre uma alternativa que traz benefícios ao corpo e à mente da pessoa, ajudando bastante no processo de ressocialização e de abandono dos vícios.
Transmita sempre afeto e segurança
Quando o diálogo com o dependente não funciona mais, não significa que a família deve desistir dele. Muito pelo contrário! Independentemente do quadro, o papel do familiar sempre será o principal fator de recuperação da pessoa.
Por esse motivo, nunca abandone o paciente e jamais deixe de tentar salvar aquele ente amado, pois se trata de uma doença e não de uma vontade própria. Ninguém quer estar nessa situação e sair dela é um trabalho muito difícil. Portanto, entenda que você sempre será um fator decisivo nesse processo e desistir não pode ser uma opção.
Procure ajuda profissional
Há muitas clínicas e tipos de tratamentos indicados para os mais variados casos de dependência química. Normalmente, nos casos em que apenas uma conversa com o dependente não adianta, a família precisa recorrer a uma ajuda profissional e a um ambiente mais preparado para recuperar a pessoa.
No entanto, vale lembrar que, mesmo após a internação, a família deve se fazer muito presente e acompanhar cada etapa do tratamento, até ter a certeza que o paciente pode retomar uma vida normal. Além disso, infelizmente, a dependência química é uma doença sem cura, ou seja, é possível se livrar dos vícios, porém, é preciso adotar cuidados especiais para o resto da vida.
As clínicas de reabilitação contam com sessões terapêuticas, atividades contínuas, médicos e enfermeiros, psicólogos e uma estrutura adaptada para receber pessoas nos mais variados quadros.
Enfim, quando o diálogo com o dependente não funciona mais, é preciso ter muita cautela e atenção ao agir nessa situação, tendo em vista as possíveis consequências, tanto para o paciente, como para as pessoas ao seu redor. Vale lembrar que o afeto e o amor sempre serão os caminhos mais indicados e corretos a serem seguidos, muito diferente da força física e da violência. Ao sentir que não há evoluções e melhorias no quadro da pessoa, não hesite de recorrer a um tratamento especializado.
Se você conhece ou se encontra em uma situação semelhante, então entre em contato conosco e conheça nossas clínicas. Podemos ajudar a salvar a vida dessa pessoa e trazê-la de volta a um convívio social saudável!
Somos especializados no encaminhamento e tratamento de usuários de drogas. Entre em contato com a Instituição Viver sem Drogas para conversarmos mais!
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