TDAH e drogas: qual a relação entre a doença e o uso de drogas?
Ao longo do tempo, têm sido realizados diversos estudos sobre a relação entre TDAH e drogas.
Neste artigo, procuramos explicar possíveis ligações entre essa doença e o abuso de substâncias, fornecendo alguns detalhes a respeito. Confira!
O que é TDAH?
Primeiro, é importante entender que o TDAH consiste em um transtorno de atenção, hiperatividade e impulsividade.
Deve-se tomar muito cuidado em seu diagnóstico, pois é bastante comum que se confunda outras questões com a existência dessa doença.
Muitas pessoas sentem muita ansiedade, distraibilidade, são agitadas ou impulsivas, entre outros fatores.
Isso não significa que elas tenham TDAH, como alguns podem pensar. Essas questões têm, constantemente, outra motivação para ocorrerem, como estresse e momentos difíceis.
Também não se pode confundir níveis normais de distração, dispersão, agitação e impulsividade com o transtorno.
O TDAH vai muito além disso. É uma síndrome clínica, cujo diagnóstico deve ser confirmado, de preferência, por mais de um profissional de confiança.
Possíveis relações entre TDAH e drogas
Diversos estudos analisam a associação entre o TDAH e a utilização de drogas, mostrando a possibilidade de os sujeitos que têm esse transtorno serem mais propensos a fazerem um uso abusivo.
Uma pesquisa realizada pela equipe do Massachusetts General Hospital (MGH) demonstrou que pessoas com esse diagnóstico podem correr quase o dobro do risco de abuso de substâncias.
O doutor Gustavo Teixeira, por sua vez, comenta sobre pesquisas que associavam o TDAH ao abuso de substâncias psicoativas na adolescência.
Os resultados afirmam que 20% a 50% dos pacientes dependentes de álcool apresentam esse transtorno em seu histórico.
No que diz respeito ao abuso de cocaína e opioides, esse número pode chegar aos 45%.
O que leva a essa relação?
Alguns dos motivos que levam pessoas com TDAH a praticar o uso de drogas são o alto nível de ansiedade, baixa autoestima e impulsividade.
O indivíduo afetado pelo transtorno, muitas vezes, busca as substâncias químicas na tentativa de acalmar a mente, aumentar a concentração, diminuir dores e se sentir aceito.
Desse modo, esse uso tem graves efeitos e consequências, podendo, inclusive, se transformar em dependência.
Além disso, pesquisas mostram também que o abuso é comum em pessoas que têm transtorno de humor associado ao TDAH.
No entanto, vale lembrar que o fato de alguém ter uma dessas síndromes não garante que ele fará o uso de álcool ou drogas.
O uso de drogas na adolescência
Ainda de acordo com as pesquisas, a adolescência seria a faixa etária de maior risco de abuso de drogas por pessoas com TDAH.
Portanto, essa é, comumente, uma fase complexa por si só, em que a pessoa passa por mudanças físicas, começa a construir sua identidade e não se identifica tanto com a família e suas orientações, buscando outros grupos sociais.
Sendo assim, desafios como esse, vontade de ser aceito, fácil acesso a drogas, falta de vínculos afetivos dentro ou fora de casa e problemas familiares podem ser reforçadores para o abuso de substâncias para qualquer um.
Os portadores de TDAH, no entanto, costumam usar uma quantidade maior, aumentando a dependência, além de iniciarem o abuso em idades precoces e demorarem mais para pedir ajuda.
Conclusão sobre o TDAH
Dessa forma, independentemente da idade em que o TDAH é diagnosticado ou que o uso de drogas se inicia, é possível realizar tratamento.
O mais indicado é que seja feito um trabalho multiprofissional, incluindo, por exemplo, psicólogos, psiquiatras e médicos.
Além disso, é importante que se faça uma orientação com a pessoa e com seus familiares.
Vale destacar também que existem formas de prevenção ao uso de álcool e drogas para portadores de TDAH, além de ser possível fornecer a eles orientações para manejarem seus sintomas e lidar com esse transtorno.
O que achou da relação entre TDAH e drogas? Você pode conseguir mais informações em nosso post sobre os diferentes tipos de clínicas de reabilitação.
Explorando os Benefícios dos Três Tipos de Internação: Voluntária, Involuntária e Compulsória
A internação é uma medida crucial em contextos médicos e de saúde mental, muitas vezes necessária para proporcionar cuidados intensivos a pacientes que enfrentam condições agudas ou graves. Existem três tipos principais de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Cada uma dessas formas de internação possui seus próprios benefícios e finalidades específicas, destinadas a garantir o tratamento adequado e o bem-estar dos pacientes.
1- Internação Voluntária:
A internação voluntária ocorre quando um paciente decide buscar tratamento por conta própria e concorda em ser admitido em uma instalação de saúde. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Autonomia e Empoderamento: Os pacientes têm o poder de tomar decisões sobre sua própria saúde e bem-estar, o que pode promover um senso de controle e autonomia durante o processo de tratamento.
- Colaboração no Tratamento: Quando os pacientes optam voluntariamente pela internação, é mais provável que se comprometam ativamente com o plano de tratamento, participando das terapias e seguindo as orientações médicas.
- Redução do Estigma: Ao escolher buscar tratamento por vontade própria, os pacientes podem sentir menos estigma associado à doença mental ou à necessidade de cuidados médicos, o que pode encorajá-los a buscar ajuda mais cedo.
2- Internação Involuntária:
A internação involuntária ocorre quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde sem o seu consentimento, geralmente devido a uma avaliação médica que determina que ele representa um risco significativo para si mesmo ou para os outros. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Proteção e Segurança: Em situações em que um paciente não está em condições de tomar decisões por si mesmo, a internação involuntária pode ser necessária para protegê-lo de danos ou perigos iminentes.
- Acesso a Cuidados Médicos: Para pacientes que se recusam a buscar tratamento, a internação involuntária pode fornecer acesso imediato a cuidados médicos e psiquiátricos essenciais, salvando vidas e ajudando a estabilizar condições de saúde graves.
- Avaliação Adequada: A internação involuntária permite uma avaliação completa da condição do paciente por profissionais de saúde, garantindo que ele receba o tratamento mais apropriado e individualizado.
3- Internação Compulsória:
A internação compulsória é o tipo mais restritivo de internação, ocorrendo quando um paciente é admitido em uma instalação de saúde contra a sua vontade e sem revisão ou autorização prévia. Os benefícios dessa forma de internação incluem:
- Intervenção em Crises Graves: Em situações de emergência ou crises de saúde mental que representam um risco iminente para o paciente ou para os outros, a internação compulsória pode ser necessária para garantir uma intervenção rápida e eficaz.
- Proteção da Comunidade: Em casos em que um paciente representa uma ameaça clara e imediata para a segurança pública, a internação compulsória pode ajudar a proteger a comunidade contra comportamentos perigosos ou violentos.
- Estabilização e Tratamento Intensivo: A internação compulsória permite que os pacientes recebam tratamento intensivo e monitoramento constante, ajudando a estabilizar condições de saúde mental agudas e a prevenir danos a si mesmos ou aos outros.
Em resumo, os diferentes tipos de internação - voluntária, involuntária e compulsória - desempenham papéis importantes na prestação de cuidados médicos e de saúde mental. Embora cada forma de internação tenha seus próprios benefícios e implicações legais, todas as formas de internação sejam realizadas de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade dos indivíduos, e priorizando sempre o bem-estar e a recuperação dos pacientes.
Auxílio-Doença para Dependentes Químicos:
O auxílio-doença é um benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Brasil, destinado a trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados de realizar suas atividades laborais devido a problemas de saúde. Quando se trata de dependência química, o acesso ao auxílio-doença pode oferecer uma série de benefícios e direitos importantes:
- Acesso a Tratamento Médico e Terapêutico: O auxílio-doença proporciona ao dependente químico a oportunidade de se afastar temporariamente do trabalho para buscar tratamento médico e terapêutico adequado para sua condição. Isso pode incluir internação em clínicas de reabilitação, consultas com profissionais de saúde mental, participação em grupos de apoio, entre outros.
- Estabilidade Financeira durante o Tratamento: Ao receber o auxílio-doença, o dependente químico pode contar com uma fonte de renda temporária enquanto se dedica ao seu processo de recuperação. Isso ajuda a reduzir o estresse financeiro e permite que o indivíduo se concentre totalmente em sua saúde e bem-estar, sem se preocupar com questões financeiras imediatas.
- Proteção contra Desemprego e Perda de Renda: Em muitos casos, a dependência química pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e até mesmo levar à perda do emprego. O auxílio-doença oferece uma rede de segurança para os trabalhadores, protegendo-os contra a perda de renda enquanto estão temporariamente incapacitados de trabalhar devido à sua condição de saúde.
- Manutenção dos Direitos Previdenciários: Durante o período em que estiver recebendo o auxílio-doença, o dependente químico continua contribuindo para o sistema previdenciário e mantém seus direitos previdenciários intactos. Isso inclui a contagem do tempo de afastamento como período de contribuição para a aposentadoria, além da manutenção de outros direitos, como o acesso a benefícios por incapacidade permanente, quando aplicável.
- Apoio na Reintegração ao Trabalho: Após receber tratamento e se recuperar, o dependente químico pode retornar ao trabalho gradualmente, com o apoio de programas de reabilitação profissional oferecidos pelo INSS. Esses programas ajudam a reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho de forma segura e sustentável, fornecendo orientação e apoio para lidar com desafios relacionados ao emprego.
Em resumo, o auxílio-doença oferece uma série de benefícios e direitos importantes para os dependentes químicos, ajudando a garantir acesso ao tratamento, estabilidade financeira durante o afastamento do trabalho, proteção contra desemprego e perda de renda, manutenção dos direitos previdenciários e apoio na reintegração ao trabalho após a recuperação.
Benefícios da Internação
A internação em uma clínica de reabilitação para dependência química de álcool e drogas pode oferecer uma série de benefícios significativos para os indivíduos que lutam contra esses problemas. Aqui estão alguns dos benefícios mais importantes:
Ambiente Controlado e Seguro:
Clínicas de reabilitação oferecem um ambiente seguro e controlado, afastado de influências externas que possam desencadear o uso de substâncias.
Esse ambiente proporciona uma pausa no ciclo de abuso de substâncias, permitindo que os pacientes se concentrem totalmente em sua recuperação.
Tratamento Multidisciplinar e Personalizado:
As clínicas de reabilitação geralmente contam com equipes multidisciplinares de profissionais de saúde, incluindo médicos, psicólogos, terapeutas e conselheiros.
Essas equipes trabalham juntas para criar planos de tratamento personalizados, abordando as necessidades específicas de cada paciente, como desintoxicação, terapia individual e em grupo, educação sobre dependência, entre outros.
Desintoxicação Segura e Supervisionada:
Muitas vezes, a primeira etapa do tratamento para a dependência química é a desintoxicação, na qual o corpo se livra das substâncias tóxicas.
Nas clínicas de recuperação, a desintoxicação é realizada de forma segura e supervisionada por profissionais de saúde, que podem administrar medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas de abstinência e garantir a segurança do paciente.
Aprendizado de Habilidades para a Vida:
- Durante a internação, os pacientes têm a oportunidade de aprender habilidades práticas e estratégias de enfrentamento para lidar com desafios do dia a dia sem recorrer ao uso de substâncias.
- Isso pode incluir habilidades de comunicação, resolução de problemas, gerenciamento de estresse e prevenção de recaídas.
Suporte Emocional e Social:
- A internação em uma clínica de reabilitação oferece um ambiente de apoio onde os pacientes podem se conectar com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.
- O suporte emocional e social dos colegas e da equipe de tratamento pode ser incrivelmente reconfortante e motivador durante o processo de recuperação.
Prevenção de Recaídas:
- As clínicas para dependentes químicos fornecem estratégias e ferramentas para ajudar os pacientes a identificarem e evitar gatilhos de recaída.
- Além disso, oferecem apoio contínuo após a alta, incluindo planos de acompanhamento e recursos de suporte para ajudar os pacientes a manterem-se sóbrios e saudáveis após deixarem a clínica.
Em resumo, a internação em uma clínica de reabilitação para dependência química oferece um ambiente seguro e estruturado, com métodos de tratamento personalizado, suporte emocional e social, e ferramentas para ajudar os pacientes a alcançarem e manterem a sobriedade a longo prazo. Esses benefícios são fundamentais para promover uma recuperação bem-sucedida e uma vida saudável e feliz sem o uso de substâncias.
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