Uso recreativo de drogas: o Limite entre o uso Social e a Dependência

O uso recreativo de drogas, por ser esporádico e “social”, parece inofensivo à primeira vista. A sensação é de que existe um controle, uma consciência sobre a quantidade e intensidade. Mas será que existe mesmo um nível seguro de consumo? Pensando nisso, preparamos esse artigo para esclarecer as dúvidas suas sobre o assunto. Confira!
O que é uso recreativo de drogas?
Tradicionalmente, é definido como a utilização de drogas com frequência esporádica e em situações de lazer e entretenimento. Como o ecstasy ou cocaína usados em baladas para dar um ânimo ou a maconha usada com os amigos para relaxar.
Uma característica do uso recreativo, é a variedade de substâncias usadas, normalmente associadas álcool e cigarro. Usuários esporádicos variam entre drogas depressoras, estimulantes e psicoativas. No caso, o objetivo é ter sensações ou experiências diferentes e compartilhar com os amigos.
Usuários recreativos, em geral, tendem a não abandonar eventos sociais e responsabilidades, nem têm dificuldades em diminuir quantidades ou frequência do uso. Por isso, o uso social ou esporádico de drogas é considerado mais controlado e consciente e não há muita atenção para esses casos.
O que é dependência química?
Diferente do uso recreativo, uma pessoa com dependência química não apenas abusa das drogas, como faz uso em praticamente qualquer situação. Ela não usa apenas por lazer, mas como hábito e necessidade.
É importante frisar que a dependência química é uma doença e não se dá somente com drogas ilegais. Fumantes e alcoólatras também sofrem do mesmo problema, porém sem tantas consequências legais e sociais que os usuários de drogas ilegais. Mas todos começam com o uso recreativo e progridem até o vício.
A dependência química é, antes de tudo, uma doença de causas biológicas, psicológicas e sociais. Estudos demonstram que o sentimento de inadequação e predisposição genética podem ser decisivos para que uma pessoa adquira vício em certas substâncias e não em outras.
Esses problemas podem acompanhar outras doenças mentais, como depressão, ansiedade, bipolaridade, transtorno de estresse pós-traumático, entre outras, o que agrava muito o quadro do paciente. Não é uma escolha ter dependência química, mas, com certeza, é uma escolha começar um tratamento.
Como diferenciar uso recreativo de dependência química?
Esse é o grande problema do uso recreativo. Muitas pessoas pensam que é fácil de identificar os limites, mas não é bem assim. Conforme o corpo ganha resistência à substância, mais difícil fica de perceber a dependência, e assim continua até que a pessoa esteja viciada.
Em geral, é possível observar que alguém está desenvolvendo dependência de acordo com a frequência do uso e motivações. No uso recreativo, por exemplo, o uso é feito em contextos de lazer. Já no vício não há muitas motivações delimitadas, ou a pessoa passa a criar motivos e desculpas para usar.
Nem médicos nem cientistas sabem determinar exatamente o que faz uma pessoa viciar em certas substâncias nem a quantidade necessária para isso. E, vale lembrar, além da dependência química, as drogas também podem facilitar o desenvolvimento de outros transtornos mentais. Portanto, toda atenção é pouca!
Muitos usuários de drogas relatam o início do vício como algo esporádico, feito apenas em ocasiões especiais. Em outras palavras, a dependência pode começar com o uso recreativo de drogas. Por isso, é importante um acompanhamento, não importa qual seja a frequência do uso. Gostou do nosso conteúdo?
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